
Como ciclista da madrugada, enquanto os colegas da 52ª dormiam, exceção do Lobo que tinha que ir para a roça, e o mestre Taka, que a Maria empurrou-o para fora da cama para cuidar das plantas, fui pedalar. Aqui em S J dos Campos, a cidade é cortada por várias ciclovias, e tenho minha preferida: a mais bela da cidade, bastante frequentada.



No universo do pedal, o elemento feminino empresta um visual devastador! Debruçadas sobre o guidon das bikes speed, silhuetas delgadas, com o quadril balançando sob o impulsos de poderosas e longas pernas, vestidas com colants justíssimos, enfeitam o nosso imaginário.
Hoje no entanto foi diferente, estava eu “dando o que posso dar” no pedal, o que não é lá grande coisa, quando passa por mim um grupo feminino alegre, conversando e dando risada. Uma delas, uma silhueta fantástica, além de uma grossa e comprida trança escapando por baixo do capacete. Ela estava ficando para trás e, justamente ao meu lado, subiu na pedaleira elevou o fantástico quadril para dar impulso e começou a se distanciar de mim.
O que fazer? Setenta e cinco anos, uma placa obstruindo 35 % da descendente anterior e o quadril indo embora. Mas – sempre tem um mas – logo adiante havia um pronto socorro cardiológico.
Subi na pedaleira com minhas pernas com artrose e algumas varizes , o monitor de frequência cardíaca em 95 bpm, vesti meu olhar de assassino de quando operava tiro no precórdio, ou aneurisma roto, e lá fui eu, resfolegando feito uma locomotiva a vapor.

Estávamos numa descida, ótimo, fui me aproximando da deusa que me atraia qual imã . Pensei comigo, agora eu emparelho, baixei a cabeça e mandei bala! Levantei a cabeça quando ouvi o alarme do monitor cardíaco que estava em 200 bpm! Deveria estar tocando desde os 180!
E ao longe, já envolta na neblina a divina aparição indo embora, balançando,  balançando…
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