Apesar das inúmeras historias sobre os ursos que vivem soltos no Canada e no Alaska a primeira ideia que veio quando vi a silhueta de um animal sobre o barranco na beira da estrada no oeste canadense a caminho do Alaska era que fosse um cavalo que esperava nossa passagem.
O Castrucci e a Marcia seguiam na frente na Tiger 900 e eu e a Rose na KLR 650 tentando acompanha-los e ao chegar mais perto deu pra ver que o animal não era um cavalo e sim um grande urso pardo que observava as motos se aproximando. A vontade de fotografar o primeiro urso da viagem era tão grande que comecei reduzir a velocidade pra parar e documentar o encontro.
Só consegui parar depois de passar pelo urso e ao fazer a meia volta pra poder enquadrar o bichão vi que ele já estava parado no meio da estrada. O urso me encarando com aquele olhar de poucos amigos e eu pensando no tempo que precisava pra tirar a câmara da bolsa de cintura e a Rose aos berros na garupa: Benhêê olha o urso, vamos embora! Ciente da agilidade daqueles animais, desisti da foto e resolvi dar meia volta e continuar a viagem. Com o barulho da primeira acelerada no início da manobra o urso também resolveu voltar rapidamente para o seu barranco. Acho que foi uma questão de respeito mutuo e ninguém ficou com o amor próprio ferido, nem eu, nem o urso e as fotos ficaram para os ursos empalhados que encontramos em diversos lugares
7 comments
Leave a reply Cancelar resposta
-
O JUBILEU DE OURO DA 52a TURMA por Eduardo Berger
5 de janeiro de 2019 -
O Fellow e a “porta” do PSC, Eduardo Roque Verani
11 de março de 2018 -
SALMO 150, por Joel Faintuch
14 de julho de 2019
Protegido: A TRAJETORIA DE PIO PEREIRA DOS SANTOS, por ele mesmo
5 de dezembro de 2024GRATIDÃO NIPÔNICA X NEGÓCIO BOM… MAS SUSPEITO por Flavio Soares de Camargo
7 de agosto de 2024
Cacilda!
Vcs têm muito mais espírito aventureiro do que juízo!
Uma fera com mais de duzentos quilos, que pode correr quase 60 km/hora (ou seja, se vc fosse tirar a foto a 50 metros de distância dele, em pouco mais de 3 segundos vc poderia ser engolido).
Felizmente, sua amada Rose Mary, o trouxe à razão!
Nos parques Canadenses, os ursos são uma constante e somos alertados pelos riscos envolvidos por estes encontros .
Caso tudo esteja perdido e nada a ser feito , último recurso : fique de pé , levante os braços e de um grito mais terrível que puder
. Talvez seja seu último mas não custa tentar .
Que bela aventura, Décio! Mas o Berger tem razão, eu jamais pararia a moto para fazer essa foto. No entanto essa viagem deve ter sido uma aventura e tanto.
Marisa, querida, a foto do urso que o Berger colocou no meu post, no site da 52ª, para dar um pouco mais de dramaticidade à história, deve ter sido tirada com uma grande teleobjetiva. Se o que encontramos na beira da estrada, no Canadá, tivesse me olhado daquele jeito eu não teria parado. Kkkkkkk
Urso bom é urso empalhado. Conselho de esquimó.
Nosso Indiana Kerr Jones!
Flavio, relendo seu comentário sobre o último recurso no caso de um encontro com algum urso lembrei que não devemos esquecer de levar uma cueca limpa à mão se o urso fugir assustado com nosso grito.