
Nestes tempos em que se fala muito em propina, lembrei de estórias que mostram o poder delas nas estradas da Argentina…
Na nossa primeira viagem pra Ushuaia, no fim do século passado, estávamos chegando em Neuquén, quando fomos parados por um policial rodoviário. Solitário, protegido por um guarda sol, naquela planície interminável, ao lado de uma carretinha com um bote de alumínio. Depois de verificar a todos os documentos e funcionamentos de todas as lâmpadas das motos, perguntou se não poderíamos colaborar com a corporação, comprando uma rifa do bote. Demos os 10 dólares pro guarda e continuamos viagem.
Chegando ao hotel, em Neuquén, perguntei ao recepcionista sobre a rifa, e foi uma gargalhada geral! -“Há mais de 10 anos que o bote está lá e ninguém ganha!”
Outro amigo, piloto comercial, também motoqueiro, contava que foi parado lá na Argentina, próximo ao Uruguai e o guarda foi pedindo tudo que era possível, inclusive extintor de incêndio, e ele tinha. O policial finalmente pediu a Manta Funerária (?!) – essa meu amigo não tinha e, curioso, perguntou pra que servia. Resposta: -“no caso de encontrar alguém morto na beira da estrada você deve cobrir a vítima.” O amigo teve que colaborar com a corporação… Não sei como está a situação agora com o Milei. Kkkkk
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Ainda vamos chegar lá !