Esse post é a transcrição de uma sequência de postagens no Facebook (grupo Pinheiros) – se iniciaram quando alguém me pediu uma foto de nosso saudoso colega. E veio uma série de louvores ao nosso querido Juarez…
UM ORGULHO PRA 52ª TURMA E ADMIRADO PELAS DEMAIS!
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FOI ASSIM QUE COMEÇOU:
- Eduardo Berger: Essa é a única foto que tenho dele: é do tempo da formatura, consta do nosso álbum… SAUDADES!
- Arthur Werner Poetscher (73ª turma): Juarez Aranha Ricardo? É mesmo o Aranha Ricardo ou outro Juarez… rs… Tá tão novinho nessa foto que não tenho certeza.
- Cesar KenJi Suzuki (76ª turma): Procurei por outra no Google, não achei… Aliás, tem o “Prêmio Juarez Aranha Ricardo” de Neuro-fisiologia, oferecido todos os anos, e nada de foto!
- “Prêmio JAR” – Juarez Aranha Ricardo
Conforme decidido na Assembléia da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento (SBNeC,), de 2002, foi instituído o Prêmio Juarez Aranha Ricardo para trabalhos desenvolvidos nas áreas de interesse de nossa sociedade. Os alunos de pós-graduação, primeiros autores dos trabalhos apresentados na forma de painéis versando sobre temas de Neurociências e Comportamento, concorrem a esse prêmio durante os Congressos Anuais quando são visitados pela Comissão Assessora. Três trabalhos são escolhidos pela Comissão Julgadora e os seus primeiros autores recebem um prêmio em dinheiro, o respectivo certificado, além da isenção da anuidade da Sociedade para o ano seguinte. Outros trabalhos escolhidos são agraciados com uma Menção Honrosa. - Werner Robert Schmidek (50ª turma): Obrigado pelo envio da imagem do saudoso Juarez que, alem de colega de Faculdade, foi também no Departamento de Fisiologia. Grande abraço
- Arthur Werner Poetscher: À parte meus motivos pessoais, o Professor Juarez foi uma enorme influência para que eu seguisse um caminho “neurológico”. Ele foi homenageado pela minha turma. Dava aulas magníficas. Era apaixonado pelo que fazia, tinha um profundo conhecimento do assunto e enorme capacidade de transmitir, conjunção extremamente rara nos nossos professores. Além disso, era possuidor de cultura geral vastíssima. Lembro dele dando exemplos de “Em Busca do Tempo Perdido”, de Proust, para explicar aspectos afetivos da memória. As aulas dele eram lotadas, pessoas de outras turmas sentadas no chão. Normalmente passavam das 17h e ninguém abandonava o barco. Foi, para mim, o melhor professor que tive ao longo de todo o curso médico. E acabei cuidando dele na UTI da Neuro (era R1) quando teve a hemorragia meníngea, ironia do destino. Procurei muito uma foto dele no Google para fazer uma homenagem, mas não achei. Berger, muito obrigado por ter postado esta.
- Eduardo Berger: Fico feliz por lembrarem dele com tanto carinho e reconhecimento! Era realmente um cavalheiro, um homem de fina estirpe, um verdadeiro “filho de Arnaldo”! De Werner (Robert Schmidek) a Werner (Arthur Poetscher), dos anos 60 aos 80 (e até hoje), Juarez = uma unanimidade!
- Marcia Regina Monteiro (76ª turma): Eu também lembro dele com imensa admiração. O seu talento e dedicação pelo ensino devem servir de exemplo.
- Luiz Alberto C. Oliveira – LACO (55ª turma) Grande figura! Batalhador pelas liberdades democráticas e sempre buscando o melhor diálogo!
- Masamiki Okayama: MUITA SAUDADE DO JUAREZ, AMIGO, COLEGA E ORGULHO DA 52ª PELA TRAJETÓRIA CIENTÍFICA E DIDÁTICA …
- Marcelo Neubauer de Paula (77ª turma): Possivelmente um dos melhores professores dos 6 anos e, sem dúvida, o melhor daquele aborto chamado ICB.
- Valéria Santoro Bahia (77ª turma): Cachimbo com fumo com odor de chocolate… era horrível.. mas a aula era tão boa que a gente até esquecia o cheiro..
- Hazem Adel Ashmawi (72ª turma): Aulas fantásticas no ICB!!
- Cesar Ken Ji Suzuki (76ª turma): Daniel Freire, se não for incomodar ou trazer pesar para a viúva, você poderia pedir uma foto para postar aqui? Pesquisei e não consegui nenhuma e ele esta irreconhecível tão jovem nessa foto. Obrigado!
- Maurício Rigatto de Souza Andrade (77• turma: Como o Arthur Poetscher, também devo ao Juarez, em grande parte, o meu fascínio pela Neurologia e, depois do seu curso, nada mudou a minha decisão, e, se pudesse, faria tudo da mesma forma novamente. Este sempre fez jus ao título de professor. Grande mestre.
- Fabio Cantinelli (77ª turma): O grande responsável pela minha inclinação à neurociência. Saudades.
- Maria Victoria Martinez Descalzo (70ª turma) A Adelaide está lá na endócrino todos os dias.. Ela é super gente boa e e bastante acessível. Acredito que cederá alguma foto do Juarez.
- Marina Rea (55ª turma) um dos responsáveis pelas minhas conversas sobre o socialismo
- Paulo Eduardo Mestrinelli Carrilho (72ª turma) “Em verdade vos digo”: Em grande parte fiz neurologia por influência do Prof. Juarez Aranha Ricardo: O melhor professor que tive no ciclo básico ! Ironicamente, eu estava de plantão na UTI da neuro quando ele chegou em coma por uma grave HSA, vindo do PSM. Foi uma enorme perda e deixou saudades, muitas saudades… Tenho uma grande lembrança dele “cachimbando” no CAOC, sempre disponível para uma boa conversa. Sem dúvida, merece uma foto no “Hall da Fama” !!!!
- Renato Accioly (71ª turma) Adorava as aulas dele, o cara era muito bom professor. Um dos melhores do ICB !============================================================================================
Juarez na Atlética, num almoço com colegas, no internato
Na infância, apesar de torcedor do tricolor paulista, pousou orgulhosamente com Gilmar dos Santos Neves
A primeira fase (com Alzira)
Galeria de imagens com esposa e filhas – uma gentileza da Maria Adelaide, viúva do inesquecível amigo
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Uma vida curta, mas que peso, que representatividade para nós colegas da 52a.
Parabéns pelo script.
O reconhecimento de várias turmas que com ele também conviveram, tanto como colega e como professor!!
Como cientista, ter um prêmio com o próprio nome, e a modéstia de nem fotografia termos!
Valeu turma!
Juarez, cuja mãe Célia amava sua profissão de professora de francês, e cujo pai Joaquim admirava sua esposa por ser professora, tinham o maior orgulho do filho professor e pesquisador.
Gostaria de ter foto menos antiga do Juarez
Já as temos: foram publicadas acima; uma gentileza da Maria Adelaide Albergária Pereira, viúva do querido e saudoso colega,
Mais manifestações compiladas no Grupo Pinheiros (Facebook) que nos enchem de orgulho!
1. Neste momento, em que os professores estão lutando pela manutenção dos seus direitos, no nosso país que não sabe valoriza-los, nada melhor que prestar homenagem a um professor com “P” maiusculo, um grande mestre, no sentido mais amplo da palavra. (Maurício Rigatto de Souza Andrade – turma 77)
2. Tivemos aula com ele no ICB, nos idos de 78/79… professor inesquecível ! (Marcia Pavan de Andrade – turma 66)
3. Juarez era o tipo de professor que te deixava claro que Medicina foi tua melhor opção (naqueles momentos que batia aquele arrependimento: “putz porque não virei fisico nuclear, ou coisa parecida”). Que privilegio recordar 35 anos atras (81-83 ela usava o bigode) de gente de verdade como o Juarez. (Marcos de Britto Pereira – turma 68)
4. Não tive a oportunidade de conhecer ele, mas lembro que era uma lenda lá no ICB.
(Jaime Murilo Fernandes Costa – turma 87)
6. Excelente professor! Lotava a classe no ICB! Enorme honra ter sido sua aluna. Ficamos todos muito tristes quando ele se foi.(Maria Claudia S. Soares – turma 77)
7. Mito! Privilegiados os que assistiram suas aulas! (Carlos Eduardo Cianflone – turma 73)
8. Ele foi o melhor professor que conheci. Disparado. Faltam palavras pra explicar a grande admiração que tenho por este grande mestre. Inesquecível! (Sabrina Sarreta – turma 77)
9. Ele influenciou muito na minha escolha profissional. Eu o admirava muito. Assistia a todas as suas aulas nem que tivesse que sentar no chão por causa da sala já lotada. Minha admiração eterna! (Valéria Bahia – turma 75)
10. Lembro de gente sentada no chão mesmo. Nunca mais vi isso. Ele era incrível! (Maria Claudia Senatore Soares – turma 77
11. Provavelmente um dos melhores de toda graduação (Marcelo Neubauer – turma 77)
12. Que saudade. Como professor e no contato social, através da Adelaide. Foi -se muito cedo. (Hiro Goto – turma 55)
13. Ótimo cara, grande professor. Militava em oposição à ditadura em tempos muito difíceis. Transmitiu muito entusiasmo a nossa turma. (Claudio Maierovitch Pessanha Henriques – turma 67)
14. Pena que ninguém gravou suas aulas para compartilhar, foram perdidas para sempre. (Jaime Murilo F. Costa – turma 67)
15. Acho que o professor Juarez não foi somente mestre de várias turmas da FMUSP, mas também o grande semeador do interesse pelas ciências neurológicas em praticamente todos os neurofisiologistas, psiquiatras, neurologistas e neurocirurgiões da nossa geração da década de 80 da Casa de Arnaldo. Sinto enorme saudade e me considero um privilegiado em ter convivido com a sua grande figura humana e ter sido seu aluno. Confesso que no dia que o admiti em coma na UTI da Neuro, dentro da gravidade da H.S.A. que ele teve, me senti muito, mas muito triste, pois sabia que ele provavelmente não vingaria. Mas, pelo menos, pude, de forma pessoal, dizer: “Muito, muito obrigado por tudo, querido professor Juarez!” (Paulo Eduardo Mestrinelli Carrilho – turma 72)
Caro Berger
Ficou muito bonita a homenagem. Eu e minhas filhas agradecemos.
um grande abraço
Adelaide (Maria Adelaide Albergária Pereira 57ª turma – viuva do saudosos Juarez)
Com a colaboração da irmã do JUAREZ ARANHA RICARDO, a quem agradecemos:
Nosso querido e saudoso Juarez e sua irmã, Dra Yara Aranha Ricardo, sempre tiveram uma enorme amizade, além de, nutrirem forte sentimento de orgulho, um pelo outro. Temos a certeza de que isto é totalmente justificável, em vista de excelente currículo de ambos. Juarez, conhecemos bem, e Dra Yara é graduada pela ESALQ (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”), tendo sido orientada pelo Prof Dr Roland Vencovsky (consagrado engenheiro agrônomo e Doutorado em Genética); trabalhou no Instituto de Matemática e Estatística da USP; foi a primeira classificada no concurso público do Instituto Biológico (trabalhou com bioestatística).
Pois bem, Dra Yara solicitou-me publicar alguns dados sobre o saudoso irmão, o que faço em seguida (entre aspas, quando são suas próprias palavras):
1. Ela é muito grata à “pessoa de bem que cuidou amorosamente dele, Sra WILZA PAES; até os dentes do Juarez ela escovava quando ele adoeceu, carregava seus livros, etc. Há sincero reconhecimento a essa pessoa, que merece muito e ficou contente de ser lembrada”.
2. “A Wilza Paes o manteve vivo e ativo, desde os cuidados pessoais básicos, até pô-lo no ônibus, com recomendações ao motorista para ajudá-lo a descer, em viagens de trabalho”.
3. “Ela presenciou o aparecimento do aneurisma que o matou. Ele ainda levantou no dia seguinte e guiou sozinho até a escola. Parece que ainda pôde participar de reunião de professores e caiu, sendo levado ao HC pelos colegas. Esteve uma semana em coma induzido na Beneficência Portuguesa e não resistiu”.
4. Agradece também à “Alzira e seu marido Marcos, por continuaram a amizade com seus pais, tratando-os amorosamente”.
5. “O Juarez AMOU a escola, colegas e alunos”! Sabemos disso, e de que esse amor foi recíproco: as manifestações de admiração, carinho e reconhecimento, dos que com ele conviveram, testemunham esse fato!
Dra Yara disse de sua gratidão a mim e à 52ª.
Professor Juarez. O maior mestre que tive na faculdade. Sua dedicação aos alunos, suas aulas brilhantes e seu sempre presente bom humor deixaram muita saudade
Pena não ter sido aluno do Juarez! Pelas manifestações perdi uma oportunidade fantástica! Mas pude conviver com a figura humana e com o ser político!
Lembro desta postagem. E lembro mais ainda do Prof. Juarez.
Foi o melhor professor que tive, dono de conhecimento enorme na neurofisiologia, extremamente culto e com uma didática incrível! Lembro até hoje de algumas passagens de suas aulas, como aquela em que citava Proust, quando explicava o sistema olfativo.
Professor Juarez!!! Melhor Professor! Esperávamos ansiosos pelas aulas dele. Único professor que eu vi lotar classe. Tinha gente sentada no chão para assistir suas aulas no ICB! Grande Mestre, grande ser humano! Considero um privilégio ter sido sua aluna.
Juarez foi meu professor de Neurofisiologia no segundo ano da FMUSP, em 1984.
Hoje eu tenho a honra e a alegria ser colega da Adelaide no HC e de tratar das suas filhas, genros e netas.