QUEM NÃO SE COMUNICA, SE TRUMBICA, Franklin Amorim Sayão

Médico novinho no sertão de Goiás, formado na USP!
Povo humilde, gente sofrida…
Doutor, novidade na região…
Eis que adentra o consultório jovem senhora, carregando ao colo seu filhinho, ainda mamando, toda chorosa e dizendo : -“Médico, meu bebê começou a inguiá, tá provocando bastante, com zoinho fundo, molera baixa e muito fraquinho; e eu, também, tô mal e não consigo desistir desde que fiquei buchuda de novo”!
Surpreso, senti uma barreira entre nós! Barreira linguística em nossa própria terra! Após acalmá-la, pedi que me “traduzisse” o que me dissera e, então, entendi que a criança estava com náuseas e vômitos, com sinais típicos de desidratação e que ela, a mãe, estava grávida de novo e não conseguia evacuar!
Algum tempo depois, fui me adaptando ao linguajar local, conseguindo entender e fazer-me entendido por todos…
Ah!os percalços da comunicação!
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