segunda-feira, maio 20

“VAI, PARCEIRO!” 2 (improvável replay) por Eduardo Berger

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“VAI, PARCEIRO”! Por Eduardo Berger

O susto, a emergência, certamente nos levam a “lampejos heróicos” que, tempos depois, sequer sabemos explicar o que nos levou a eles… instinto puro.

Pois bem, a repetição de um evento, um dejà vu de algo insólito como o narrado no link acima, é algo absolutamente improvável… mas ocorreu por volta de 1980! É certo que a surpresa foi menos assustadora, comparada ao caso do “Vai, Parceiro!”: eu já tinha a “vasta experiência” que ele me proporcionou.

Morei em zona rural de Itapecerica da Serra por muitos anos e sempre tive cães: vira-latas, um dogue alemão, uns filas, pitbulls e o mais lindo fox paulistinha que eu conheci: o Kil ou Kill, quem sabe Quiu, talvez Kiel… Não tenho ideia da origem, e nunca soube da grafia correta desse nome, mas a pronuncia era essa…

Ele era pequenino, uns 7 kg, mas valente, e meteu-se numa briga de vida ou morte com um Schnauzer Gigante, umas 5x mais pesado! Uma reedição da passagem bíblica da luta Davi x Golias (1 Samuel 17:45-47), ainda que não com o mesmo desfecho… Que chance teria Eder Jofre enfrentando Mike Tyson?

Não assisti a contenda, mas quando o vi ganindo, fugindo, meio manco, notei uma enorme hérnia traumática no flanco esquerdo, sub costal e, curiosamente, sem nenhum vestígio de sangue. Levei-o ao Dr Philippe que era o “meu” veterinário, que considerou o caso inoperável (!). Puxa, sem solução? Eutanásia? Questionei, falei das telas que utilizávamos para correção, e me propus a participar do ato. Ele topou.

Fui à clínica dele, levando algum material cirúrgico e um fragmento de tela de polipropileno (uma sobra re-esterilizada, de cirurgia de humano). Ele fez a anestesia (endovenosa, apenas) e iniciou o procedimento, ajudado por uma estagiária. Ao abrir a cavidade, o “susto”: havia outra hérnia, diafragmática! Ou seja, tórax aberto e paciente com respiração expontânea. Sem respirador (pressão positiva) certamente seria morte certa. Dr Philippe se apavorou! -“Perdemos”!! Eu o acalmei: -“Não sabe entubar”? Claro que sabia, e o fez de imediato; e eu, lembrando do ‘vai parceiro’… o resto vocês podem imaginar.
HAPPY END!

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