segunda-feira, outubro 7

MAIS LEMBRANÇAS QUERIDAS, por Carlos Roberto Martins

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Queridos amigos da inesquecível 52ª turma

Quantas recordações de nossa época da Faculdade! Muitas vezes estas lembranças vem a mim sem uma linearidade, mas isoladas. Mesmo assim são saborosas. Vamos a algumas?

  • Na primeira aula prática de anatomia, ao entrar no laboratório, não encontrei um banquinho para sentar, e um veterano do 2º ano, de uma forma solícita, informou que encontraria tal banquinho na sala ao lado, laboratório de anatomia topográfica do 2º ano. Imaginem o impacto de, entrando no laboratório, me deparar com os corpos inteiros em cada mesa, e ter que caminhar entre eles até o final da sala, desviando de um e de outro, até chegar ao desejado banquinho! Afinal, se eu saísse sem o mesmo, vocês imaginam o vexame que eu daria!
  • Lembrança que tenho de, ao me dirigir para a Atlética na hora do almoço, frequentemente cruzar com o Macedo, jornal debaixo do braço, caminhando junto com o saudoso Anacleto.
  • Minha primeira anamnese no HC! Inesquecível, era de uma jovem senhora internada na 2ª CM, portadora de estenose mitral por doença reumática. Devo ter levado 2 ou 3 horas para terminá-la! Devo ter guardada até hoje tal anamnese.
  • Não me lembro se foi a partir do 3º ou 4º ano que passei a integrar a LCFR ( lembram-se? Liga de Combate a Febre Reumática). Como aquele tempo foi importante para minha formação, afinal atendíamos sozinhos os pacientes, e só depois contávamos com a supervisão do Dr Antonio Gouvêa (alguém se lembra dele?). Foram dois anos assim.
  • Nossos professores de propedêutica foram o Dr Eurico Thomás de Carvalho (encontrei-o há dois anos no Encontro de Gerações) e dr Mateus Papaléo, falecido há pouco. Fizemos uma confraternização de nossa “panela” com eles, numa churrascaria da avenida Rio Branco (o Wata se lembra disso?)
  • Concurso para estágio em Obstetrícia em algumas maternidades de São Paulo, como Cruzada Pró- infância, Clinica Infantil do Ipiranga, Casa Maternal, e outras. Fiquei na Clinica Infantil do Ipiranga por dois anos. Sentíamo-nos como verdadeiros médicos, principalmente no segundo ano, já com maior autonomia para atender as gestantes, conduzir o trabalho de parto e fazer o mesmo. Aprendíamos também a fazer cesárea, era a glória! Trabalhávamos bastante, e o mais importante, aprendíamos a conduzir a evolução do trabalho de parto. Saudades de meu chefe de plantão, dr Hidenori Hori, grande obstetra.
  • Lá pelo 5º ano eu frequentava o ambulatório de Gastro com o saudoso e querido prof. Agostinho Betarello (ou Bettarello?). Em uma ocasião ele se queixou de uma indisposição gástrica, pois na véspera participara de uma comemoração de 25 anos de formado. Eu me lembro de ter pensado: nossa, tudo isso já? Já é bem antigo na profissão! Me lembro, e hoje dou risada.
  • Acho que na época era interno ou R1. Como todo mundo, dava meus plantões fora, para minha subsistência. Arrumei plantão em um hospital psiquiátrico, lá pelos lados de Mairiporã. Disseram: é bem simples, é para atender alguma intercorrência clinica. Era um local até aprazível, passei nas enfermarias, e nada para avaliar. “Que beleza, vou dormir e amanhã cedo volto para o HC”. Lá pelas tantas ouço uma gritaria, a recepção do hospital era encostada em meu quarto. E eu ouvia, gelado de medo: -“Quero ver o médico, quero matar esse médico”… E a gritaria não passava. “Meu Deus, que noite mais longa, como demorou para passar”! Foi meu primeiro e único plantão nesse hospital!
  • Essa é para o pessoal da Pediatria! Vocês se recordam do Fundão, que ocupava o andar térreo do edifício (na verdade seu esqueleto) inacabado, da Hanseníase, acho eu? Parecia um hospital de campanha, militar. Mas, como aprendemos lá! Víamos de tudo, pois o Instituto da Criança ainda estava em construção, e a Pediatria do 5º andar tinha pequena capacidade de internação.
  • Voltemos no tempo, mais precisamente para nossa viagem da Bandeira Cientifica. Quem se recorda de um famoso baile pré- carnavalesco no Esporte Clube Recife? Nunca me diverti tanto num carnaval quanto naquele, com direito a muito frevo e muita animação. E quanta menina bonita!

1 comment

  1. Flavio Soares de Camargo 6 agosto, 2019 at 20:47 Responder

    Esqueceu se de nosso carro na europa das aventuras no parqie Tivoli e as saudades deixadas por la ! Rs rs rs

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