
O pai leva o menino pela primeira vez ao Palazzo dei Conservatori.
O garoto se detém, encantado, frente à Estátua Equestre do Imperador Marco Aurélio. Com o orgulho do cidadão romano, descreve ao filho as vitórias do conquistador, feliz por seu papel de formador da consciência cívica do filho. Pensa, consigo: -“Sarà un vero romano nel cuore!”
Semanalmente, atende o pedido do menino para repetir o passeio e ouví-lo contar as batalhas do herói, até que, um dia, a família deve se mudar para Milano.
Então, comovido com o pedido do garoto, o leva para se despedir de Março Aurélio.
Lá chegando, vê, consternado, o filho abraçar a cabeça do cavalo, chorando.
– “Arrivederci, Marco.”
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Muito legal!
Para o pequeno, o cavalo era o herói! Repetidamente, o pai, patriota que era, transmitiu as façanhas de um herói nacional. A mente infantil captou as informações e criou o paradigma…
A propósito, há uma postagem neste site que traz exemplos semelhantes – recomendo a leitura
https://fmusp-turma52.com.br/paradigmas-ou-metonimias-por-eduardo-berger/
Lindo texto, Lalá. Para cada um de nós há um herói, muitas vezes inimaginável; quem não teve, em várias fases da vida , um herói a ser lembrado, com saudades e até com um certo deslumbramento? Minha heroína foi minha avó paterna, que me contava, na minha infância, de sua meninice na Itália, pastoreando as ovelhas da família. Eu ficava imaginando a mim mesmo numa paisagem, em meio aos ciprestes da Toscana, junto com ela. Mal sabia eu quantos heróis iriam me encantar, como o fizeram, em todas as fases da. minha vida.