Tem uma história curiosa, e que o Berger não me venha dizer que é fantasiosa! Aquela história do laguinho é verdadeira! Ou ele estava bêbado e não se lembra. Ou ele simplesmente não estava lá e recebeu o tal diploma sem merecer…
Bom, mas a historia que vou contar é engraçada assim mesmo.
Diz respeito ao Wolfgang e eu. Andávamos muito juntos, tanto que recentemente fiquei sabendo do Jaime que éramos conhecidos como os “príncipes germânicos”. Para o Wolf é um elogio! Para mim um insulto: germânico é o Wolfgang. Eu sou Batavo!! Isso é outra coisa!!! Outro insulto é nos chamar de príncipes. Pois não sabem que tínhamos um péssimo caráter. Tanto que durante o Internato, no final, resolvemos que teríamos que ter uma recordação material da Av. Dr. Arnaldo, nosso endereço por seis anos.
Na época era a metade do que é hoje. A duplicação começou exatamente em 1969. Passava o bonde que vinha da Rebouças e fazia o retorno em frente à Faculdade de Higiene. O cruzamento com a Rebouças e a Consolação não era nada do que é hoje. Tinha lá um ferreiro que colocava ferradura em cavalo (pronto! é fantasioso, diz o Berger!!). Mas tinha!
Pois bem, precisávamos de um souvenir. No cruzamento com a Consolação tinha uma linda caixa de Correio. Original, claro. Grande. Bem colorida, com brazão de SP e tudo mais. Vamos roubar essa caixa!! Fomos verificar como estava fixada e compramos as ferramentas necessárias na Florencio de Abreu. Chaves especiais etc. Quando voltamos alguns dias depois, à noite, como dois bandidos, veio a surpresa: alguém tinha chegado antes e a caixa tinha sumido. Tivemos que fazer um reajuste de planos. O que roubar?
Veio a duplicação da Dr Arnaldo e com isso aqueles lindos lampiões que a iluminavam foram arriados. Estavam vários deles no chão. Passamos com meu Fusca vermelho. Uma rápida parada e um dos lampiões sumiu para dentro do carro. Arrancamos com os pneus cantando (isso sim é fantasioso! imaginem um fusca arrancar com os pneus cantando!) certos que iríamos ser perseguidos pela policia. Mas a policia não veio e resolvemos voltar para pegar o segundo, algumas horas depois. A decepção: não havia lampião. Já tinham recolhido tudo. Como estava combinado que o primeiro seria do Wolfgang, eu fiquei sem. O do Wolfgang decora a sala de jantar dele até hoje.
É um lampião da Dr. Arnaldo!
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