
“Cronos não perdoa”: ouvi algumas vezes tal afirmação, da boca do meu saudoso e querido Antonio Albuquerque de Macedo Costa, a quem carinhosamente chamávamos de Véio, desde seus verdes trinta e poucos anos… Em verdade assim o víamos, calouros da MED que éramos, recém saídos da adolescência!
O tempo é o senhor da razão, nada se pode fazer de muito concreto, para combater seus efeitos – nossos corpos e nossas mentes vão passando por alterações fisiopatológicas inexoráveis. Felizmente, a maior parte de nossa turma segue ativa, com cognição adequada e mobilidade bem razoável – não deixa de ser algo notável numa população octogenária como a nossa. Somos privilegiados!
Esse privilégio vai além do que a natureza tem sido generosa conosco – contamos com uma forte e desinteressada amizade, mútua, reciproca, infinita. E temos, para nossa alegria, nos reunido com alguma frequencia (ainda que pequena, “pra meu gosto”).
Alguns de nós, por razões diversas, não têm comparecido às reuniões, têm se isolado por dificuldades de locomoção e de comunicação, e por patologias incapacitantes – felizmente, alguns se recuperaram e voltaram ao nosso convívio.
Criamos pequenos grupos (inclusive o do “eu sozinho”) para visitarmos os impossibilitados… a nossa turma tem um nome:
SOLIDARIEDADE!
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Muito comovente este grupo e deve fazer muito bem para os familiares também.
Qdo se fica velho, a sensação de solidão começa a ficar cada vez mais presente. Mas, sinceramente falando, espero que corram muitos anos antes de recebê-los. Prefiro encontrá-los em reuniões sociais kk
Lindo Xará, você certamente exprimiu os sentimentos de todos nós. Traduziu o que pensamos.
As saudades dos que se foram são doídas, mas devemos agradecer, louvar mesmo, o termos estado todo um tempo juntos. E vamos em frente com essa missão que, agradavelmente, podemos cumprir: continuar nos comunicando, com os “bons dias e boas noites” que sejam; o que queremos, na verdade, é mostrar que estamos aqui, com a vontade de nos vermos cada vez mais, com o reviver do fantástico tempo e dos caminhos que percorremos juntos.